O tato é o sentido humano que nos conecta com a realidade. Se sentimos, é real. Se tocamos, é real. Costumamos pensar que nossos outros sentidos são falhos, que podem nos enganar. Mas o sentido do tato costuma nos dar uma segurança maior quanto ao que é real ou não... "me belisca pra ver se eu tô sonhado" é um bordão que explica bem meu ponto.
As tecnologias touch já evoluíram bastante ao longo dos últimos anos, e tem se tornado cada vez mais digitais e versáteis. O fato de nos conectarmos e adaptarmos facilmente a essas tecnologias pode estar ligado justamente ao sentido do tato, que nos aproxima e nos faz "acreditar" mais naquela experiência. Ela é mais real, mais orgânica porque podemos toca-la.
Talvez seja só uma hipótese maluca, mas muito vem se desenvolvendo na área. Seja para digitalizar o mundo ou expandir as telas, nossos pontos de contato com a tecnologia estão cada vez mais próximo dos filmes de ficção científica.
As telas flexíveis
OLED
As telas OLED possuem uma camada emissora, uma condutora e uma orgânica que funcionam em conjunto seguindo comandos diversos. Podem ser de plástico, vidro ou outros materiais, ocupam pouco espaço e gastam pouca energia. Os estudos com essa tecnologia já evoluíram bastante e hoje exitem as telas AMOLED e SUPER AMOLED (muito criativos os nomes). Ambas possuem maior capacidade de dados e trazem novas possibilidades para o uso dessa tecnologia.
Estações de trabalho vem ganhando cada vez mais projetos para desenvolver interações e experiências táteis capazes de "recriar a realidade". É o que tem feito a Microsoft Envisioning Center com dispositivos que se aplicam a diversos objetivos.
Outra interação que usa tato e sensores são os espelhos interativos que permitem funcionalidades diversas e interações com a internet e dados remotos. Podendo estar conectado ao seu smartphone, à sua casa, seu relógio e até mesmo a monitoramentos de saúde.
A tecnologia vem sendo desenvolvida por diversas marcas. No vídeo abaixo temos o exemplo de projetos desenvolvidos pela Samsung nessa área.
Mas a simplicidade de algumas funções desses sensores permitem que sejam reproduzidos de forma caseira por aficsionados por tecnologia como no exemplo abaixo.
O ponto é que essas novas interações estão cada vez mais presentes em nossas vidas e em pouco tempo poderão se tornar realidades cotidianas. Mesmo com uma grande corrente a respeito do "desconectar", existem muitas vantagens no uso dessa tecnologia.
A menos glamorosa e, no entanto, uma das mais relevantes é a possibilidade de monitoramento de dados de saúde para pacientes que precisam de acompanhamento constante. Que poderão ter seus dados checados e compartilhados de forma autônoma. A pesquisa em torno do uso para esse tipo de monitoramento ainda é pequena, e precisa evoluir bastante.
Os dispositivos podem estar conectados e transmitindo informações de forma autônoma, podendo por exemplo se comunicar com um marcapasso ou com smartwatch para monitorar o sono.
Existem estudos que tratam também da gameficação da vida por meio dessas inúmeras simulações com as quais convivemos diariamente. E seus efeitos ainda estão sendo analisados por especialistas da área.
O futuro é cada vez mais digital e conectado, e gradualmente as simulações se tornam interações reais. Retomando o que foi dito no início desse texto, se tato é o que nos liga a realidade, tudo o que tocamos é real?
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